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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Semana termina com Dilma em Curitiba confirmando o metrô

São R$ 143 bi em metrôs, VLTs, monotrilhos e BRTs
É fato: nunca antes na história deste Brasil se viu um aporte tão grande de recursos do governo federal em obras de mobilidade urbana, em todo o país. Confira algumas delas

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Postado de Curitiba

A semana terminou com a presidenta Dilma Rousseff visitando Curitiba.

Nesta sexta-feira, dia 9, antevéspera do Dia das Mães, a "Mãe do PAC", alcunha lhe dada por Lula quando Dilma ainda era ministra da Casa Civil e passou a coordenar o Programa de Aceleração do Crescimento, a presidenta esteve na capital paranaense confirmando recursos federais para a obra do metrô da cidade e outros investimentos em transporte público.


Antes, Dilma vistoriou a Arena da Baixada, que vai receber jogos da Copa do Mundo.

Não fui cobrir, ou acompanhar, a agenda oficial - afinal, estava nos meus outros dois trabalhos -, de modo que não tenho impressões in loco dos eventos.

O que dá pra dizer, porque é fato - e é justo que se diga -, é que os aportes de recursos do governo federal no metrô, canaletas e corredores de ônibus em Curitiba se somam a outros em projetos espalhados por todas as regiões do país.

São, lembra Dilma, R$ 143 bilhões, distribuídos nas seguintes soluções, para os seguintes conglomerados urbanos:

  • Metrô | O PAC da Mobilidade Urbana prevê o aporte de recursos federais na construção do metrô em Curitiba, Porto Alegre e Salvador, e na expansão da malha em São Paulo, Fortaleza, Distrito Federal, Recife, Rio de Janeiro, Belo Horizonte.
  • VLTs | Estão em projeto ou construção linhas de veículos leves sobre trilhos (VLTs) em cidades como Cuiabá, Goiânia, Brasília, Natal, Fortaleza, Recife, João Pessoa, Santos, São José dos Campos, Petrolina.
  • Monotrilho | Em projeto ou em construção em cidades como São Paulo, no Grande ABC, Grande Rio de Janeiro, Manaus.
  • BRTs | Sigla, em inglês, para “sistema de ônibus rápidos”, consiste em canaletas ou corredores exclusivos. Em projeto ou em construção em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Natal, Fortaleza, Salvador, Manaus, Brasília, Cuiabá.

Se os recursos forem efetivamente aplicados - por enquanto, as liberações estão a ocorrer -; se os Estados e Municípios arcarem com sua contrapartida e tirarem os projetos do papel, dentro de dez anos o Brasil terá uma rede de transporte público exemplar.

Por quase 20 anos, de meados dos anos 80 até o início da primeira década do ano 2000, o governo federal se absteve de investir em sistemas de transporte urbano.

Afinal, a última grande atuação federal em mobilidade urbana se deu na virada dos anos 70 para os anos 80. Por meio da extinta Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU), a União auxiliou financeiramente Municípios e Estados na aquisição de ônibus novos e mais modernos, na implantação de corredores e de redes de trólebus. 

Mas aí veio a adesão do Brasil ao Consenso de Washington e a implantação de políticas neoliberais.  O governo federal se retirou de cena e a responsabilidade por investimentos em transporte urbano e metropolitano ficou unicamente com  prefeituras e administrações estaduais. 

O resultado dessa ausência está aí nos congestionamentos, no transporte coletivo caro, ruim.

Se o governo da presidenta Dilma tivesse mais coragem em se desgarrar das amarras, do ranço neoliberal do qual ainda está contaminado, e retomasse a linha desenvolvimentista que ensaiou no começo, daria pra fazer mais, e muito.

E sem aumentar impostos, nem dos pobres, muito da classe média ou do setor produtivo. Basta "só" taxar fortunas, o lucro dos bancos, que dava até pra bancar tarifa zero, conforme já constatamos aqui.

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