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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Santos Futebol Clube, 102 anos de glórias

Lotamos o Pacaembu, a casa praiana na capital (foto: Santos F.C.)
Postado de Curitiba

Hoje é aniversário de fundação do Santos Futebol Clube.

Claro que estaríamos melhor se pudéssemos comemorar estes 102 anos com o 21º título do Campeonato Paulista, que ontem acabou por nos escapar.

Fizemos uma campanha arrasadora na primeira fase, com goleadas históricas - entre elas um 5 a 1, fora o chocolate, sobre o arquirrival Corinthians.

Mas, nas duas partidas da final contra o bravo, bem montado e competente Ituano, não repetimos a marcação eficiente na saída de bola do adversário e nem os contra-ataques rápidos, como foi nossa característica durante todo o certame.

Faz parte do futebol, ganhar e perder.

De qualquer forma, nestes 102 anos temos a celebrar o passado, o presente e o futuro.

No passado, são quase 100 títulos em pouco mais de um século de história. Desafio alguém apontar um clube com trajetória mais vencedora que esta:
  • Dois títulos mundiais
  • Três da Libertadores da América
  • Dois da Recopa Sul-Americana
  • Um da Recopa Mundial Interclubes
  • Um da Copa Conmebol
  • Oito títulos do campeonato nacional
  • Um da Copa do Brasil
  • Vinte do Campeonato Paulista
  • Cinco do Torneio Rio-São Paulo
  • E outros 45 conquistas de torneios diversos - desde Taça Cidade de Santos até internacionais como Fita Azul, Tereza Herrera, Vencedores da América, Pentagonais do México e de Buenos Aires, Hexagonal do Chile, Quandrangular Roma/Florença, entre outros
(A lista é grande. Confira neste levantamento d' A Gazeta Esportiva; e neste link, sobre levantamento da revista inglesa Four For Two, que incluiu o alvinegro praiano de Vila Belmiro como o único brasileiro entre os maiores times de futebol da história)

No presente, revelamos o maior jogador do futebol brasileiro no momento, Neymar; nossas categorias de base têm faturado os torneios que disputa por aí (destaque para o bicampeonato da Copa São Paulo de Futebol Júnior); nosso time vice-campeão paulista é repleto de talentosas promessas.

E, pela frente, baitas desafios. Entre eles, o de manter o DNA ofensivo que marca nossa história e, o principal deles no momento, a necessidade de um novo estádio.

(Sobre isso escrevi aqui e em breve retomo o tema)

#PraCimadelesPeixe

sábado, 12 de abril de 2014

Sete Caixas, o maior sucesso do cinema paraguaio, chega ao Brasil

Aclamado, filme também estreou nos EUA, na segunda


Com a maior bilheteria da história do cinema paraguaio, o filme Sete Caixas (Siete Cajas, título original) chegou ao Brasil nesta semana. Lançado no Paraguai em 2012, a produção foi considerada revolucionária para os padrões do país e traz diversas inspirações de grandes clássicos do cinema mundial, entre eles, o brasileiro Cidade de Deus. Mas apesar das referências, em nenhum momento Sete Caixas perde em originalidade.

Em 2011, Sete Caixas foi considerado o melhor filme no Festival Internacional de Cinema de Brasília, no Festival de San Sebastián, de Miami e Palm Springs. Em 2013 foi o Melhor Filme Ibero-Americano e indicado ao Prêmio Goya.

Com personagens cativantes, Sete Caixas é um suspense em dois idiomas, Espanhol e Guarani, ambos oficiais no Paraguai. A história se passa toda no Mercado Municipal de Assunção, capital do país, e ainda assim é capaz de prender o público do início ao fim.

Minimalista, Sete Caixas mostra os conflitos do jovem Victor, encantado por vídeo, disposto a muito para ter um celular capaz de capturar imagens estáticas e em movimento. Passa os dias carregando compras de clientes no mercado municipal quando recebe a proposta de vigiar sete caixas, com um conteúdo desconhecido, e só voltar a entrega-las quando for chamado. Com a ajuda da amiga Liz, Victor topa o desafio e a partir de então a história se torna cada vez mais cativante.

Primeiro longa metragem dos diretores Juan Carlos Maneglia e Tana Shémbori, Sete Caixas já estrou nos Estados Unidos na segunda-feira (7) e teve sucesso de público. No Brasil o filme é distribuído pela Tucuman.

Clique aqui e assista ao treiler do filme.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A midia tradicional mente descaradamente sobre a Petrobrás

Navio Irmã Dulce: estatal reconstruiu indústria naval brasileira (foto: Petrobrás)
Postado de Curitiba

A Petrobrás foi a empresa brasileira que registrou o maior lucro em 2013: R$ 23,5 bilhões, superando o lucro obtido em 2012, de R$ 21, 1 bilhões (saiba mais aqui).

Só no mês passado, a companhia pública bateu recordes 
  • i) na produção de petróleo no pré-sal; 
  • ii) no processamento de petróleo em suas refinarias; 
  • iii) na entrega de gás natural; e 
  • iv) na produção de fertilizantes (confira os números aqui).

A Liquigás, que pertence à Petrobrás, acaba de alcançar a liderança na distribuição de gás de cozinha.

Estes são os fatos e os dados.

Mas nas capas das revistonas desta semana que está acabando, nas manchetes dos portalões e jornalões e nas reportagens dos jornais da Globo nos últimos dias, o que se vende é a imagem de uma empresa deficitária, em ruínas.

É a “imparcialidade”, a “neutralidade”, a “pluralidade”, a “independência”. Independência, só se for da verdade.

Não à toa a grande imprensa recebeu a alcunha de PIG, Partido de Imprensa Golpista.

Mais do que nunca, nessa cobertura que ignora os fatos e os dados e leva em conta exclusivamente as versões, o comportamento de boa parte da midiona é a de um partido político de oposição.  

Não só de oposição ao atual governo, sim de oposição aos interesses nacionais.

A serviço, por outro lado, do poder. Do poder econômico, do capital internacional.

A serviço do poder dos especuladores, que não se conformam: em tempos anteriores, a Petrobrás primeiro agia para assegurar ganhos aos apostadores da bolsa, nem que para isso sacrificasse a nação repassando automaticamente aumento do barril do petróleo ao preço da gasolina e do diesel.

A campanha de destruição da imagem da Petrobrás, nem que para isso se passe por cima dos fatos, 
  • i) contempla o poder econômico, os interesses privados internacionais; 
  • ii) procura desgastar o governo de Dilma Rousseff para favorecer os candidatos queridinhos do mercado (Aécio Neves e a dupla Eduardo Campos-Marina Silva).
Mais na cara que isso, impossível.
 
Repito aqui a pergunta lançada neste editorial do Jornal do Brasil (este sim, tem feito uma cobertura baseada na realidade factual): “Campanha contra Petrobrás será caminho para, no futuro, justificar privatização?”

Leia também, por Luís Nassif:

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Em sonho, conversa com prefeito sobre os ônibus superlotados de Curitiba

Fila é tão extensa que mal se enxerga a estação tubo (foto: WAA)
Postado de Curitiba

Na última noite sonhei que estava num evento onde conversava com o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT).

Duma conversa maluca, como são essas de sonho, lembro-me de uma parte bem lúcida.

Reclamava com Fruet da superlotação (e isso é da vida real) do transporte coletivo curitibano.

Na campanha eleitoral de 2012 por várias vezes o então candidato prometera, de imediato, ampliar a frota em circulação no horário de pico.

À época, considerava, e ainda hoje considero, insuficiente a medida.

Porque a superlotação dos ônibus em Curitiba não decorre da escassez de veículos nas linhas.
 
Decorre é da falta de opções de linhas.

O modelo, planejado 40 anos e implementado nos anos 80 e 90, é baseado sobretudo em quatro eixos principais: o Norte-Sul, o Leste-Oeste, o Boqueirão e o anel do Inter II.

Praticamente 90% dos usuários de ônibus precisam, em algum ponto de seus deslocamentos, tomar uma das linhas desses eixos.

Até 15 anos atrás, o sistema comportou a carga satisfatoriamente. Só que de 20 anos para cá a cidade e a região metropolitana cresceram demais – em população e em zona urbana, em polos geradores de tráfego.

Não dá mais para concentrar todo o sistema de ônibus da cidade nesses poucos eixos. É preciso criar mais rotas, alternativas, paralelas, perpendiculares e transversais, para aliviar a sobrecarga dos eixos atuais.

Não adianta também, por exemplo, canaleta exclusiva para o Inter II, como propõe a Prefeitura – e isso disse explicitamente ao prefeito, no sonho. O que vai trazer agilidade e conforto nos deslocamentos é um maior número de linhas, de itinerários, que sejam complementares e suplementares à área de abrangência do Inter II. 

O mesmo vale para as rotas dos biarticulados. 

Não resolve entupir as canaletas com mais ônibus. Nos horários de pico se formam filas gigantescas de ônibus para encostar nas estações tubos, abarrotadas, com filas quilométricas do lado de fora.

O que resolve é implantar outras linhas, auxiliares, para que nem todo mundo precise se aglomerar na mesma estação para tomar o mesmo ônibus.

Claro que isso não interessa às viações. Mais econômico é direcionar toda gente para um lugar só, socar todos em poucos tubos, embarcar nos mesmos veículos.

Mas aí deve entrar em cena a disposição do administrador público em afrontar os interesses privados que se sobrepõem aos da coletividade. Isso não cheguei a explicitar a Fruet no sonho, todavia certamente ele terá entendido.

sábado, 5 de abril de 2014

Dica para o fim de semana: as séries de Sílvio Tendler

Episódios estão disponíveis na internet
Postado de Curitiba

Porque hoje é sábado, vai uma dica pro fim de semana.

Uma não, duas dicas.

Duas séries de Sílvio Tendler, transmitidas pela TV Brasil em memória dos 50 anos do golpe de 1964.

Os episódios das séries estão disponíveis na internet.

Uma delas é "Os advogados contra a ditadura", que traz depoimentos daqueles que largaram suas confortáveis e financeiramente promissoras carreiras para defenderem perseguidos e presos políticos.

A face das Forças Armadas contrária ao regime

A outra, "Militares da Democracia", conta a história de integrantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que se opuseram ao golpe, resistiram aos desmandos da ditadura e, tal qual militantes civis, também foram encarcerados e torturados.
As duas séries são um primor, do ponto de vista cinematográfico e histórico.
 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

TV Excelsior e Panair, destruídas pelo golpe de 1964


Reportagem de Luiz Carlos Azenha, para o Jornal da Record, sobre a perseguição da ditadura ao empresário Mário Wallace Simonsen, barão do café dono da Panair e da TV Excelsior.

No final da matéria, trecho do depoimento comovente da filha de Simonsen à Comissão da Verdade.


terça-feira, 1 de abril de 2014

Entre tantas memórias do golpe, espaço para as de Waldir Pires

Waldir Pires integrou o gabinete de Jango (foto: Agência Câmara)
Postado de Curitiba

Dia destes assisti a esta entrevista-documentário com Waldir Pires. A produção é da TV Câmara e o filme, de 54 minutos, está lá no site para ser livremente baixado.

Waldir Pires integrou o governo João Goulart e era dos mais próximos do presidente.

Neste momento em que o Brasil relembra os 50 anos do golpe de 1964, vale dedicar um tempo para ouvir o relato de Waldir Pires.

Primeiro, porque é a versão de quem viveu aquele período no centro dos acontecimentos. Waldir Pires resgata fatos daquela época com didatismo, lucidez e emoção.

Além disso, porque Waldir Pires é dos mais íntegros políticos brasileiros. Ouvir o que ele conta é, ao mesmo tempo, conhecer sua exemplar trajetória.