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terça-feira, 28 de maio de 2013

Governo Dilma invade a praia do PSDB, Dem e PPS




Vale mais uma vez dar espaço aqui ao senador Requião. Nesta terça, dia 28, proferiu mais um dos seus discursos nacionalistas, à esquerda. Neste, construtivamente, critica a guinada ao neoliberalismo dada pelo governo da presidenta Dilma Rousseff de uns meses para cá.

A Medida Provisória dos Portos e o leilão de áreas de exploração de petróleo são dois trágicos episódios recentes nessa trajetória, à direita, do governo eleito justamente para dar um basta a esse entreguismo.

"Sem mais aquela, sem pedir desculpas pela falseta, o governo invade a praia do PSDB, do DEM e do PPS com uma ousadia de penetra, espalhando areia e inconveniências no espaço alheio", declara Requião no discurso.

Clique no vídeo acima para assitir na íntegra. Abaixo, alguns trechos:
  • É a economia, senhoras e senhores senadores. Ela é o sal de nossas vidas. E as nossas vidas, a vida nacional têm andado um tanto quanto sem sabor nos últimos meses (...).
  • Como disse o Partido Comunista Brasileiro, o PCB, em uma corajosa e militante nota política: estamos vendo o maior processo de privatizações na história do Brasil.
  • Diz o PCB: privatizam-se estradas, aeroportos e portos; privatizam-se o petróleo e hidrelétricas; e, ao se colocar recursos financeiros e humanos das estatais, como o BNDES, a Petrobrás, a Caixa e o Banco do Brasil, a serviço de entes privados, temos as chamadas “privatizações brancas”.
  • O que é a política de formação dos tais “campeões nacionais”, cevando um mega especulador como Eike Batista, se não uma “privatização branca”?
  • Meu Deus! Quando esse tempo passar, quando um dia, lá na frente, alguém nos perguntar: “E naqueles tempos, o que vocês fizeram?”. Constrangidos, envergonhados, vamos responder: “Naqueles tempos criamos Eikes Batistas”.
  • Lembra ainda o PCB: também é uma forma de privatização a desoneração de seis bilhões de reais em impostos, beneficiando as empresas de telecomunicações para que elas possam atingir as metas que elas prometeram cumprir por contrato com o Estado brasileiro.
  • Não foi suficiente o escândalo das teles, passadas de mão beijada para o capital privado. Agora vamos livrá-las de pagar seis bilhões em impostos, para que elas, pobrezinhas, possam cumprir o que assinaram.
  • E não vejo ninguém vociferando contra o não cumprimento do contrato. Não ouço os jornalões e a Globo exigindo que os contratos sejam cumpridos.O princípio tão caro para os liberais do “pacta sunt servanda” serve apenas para o Estado, como se vê.(...) 
  • Por cinco vezes, não uma ou duas, e sim por cinco vezes acompanhei o PT nas eleições presidenciais. Nas circunstâncias de hoje, fossem esses que se anunciam os candidatos, acompanharia o PT pela sexta vez. No entanto, parece claro que o PT está à deriva, distancia-se da esquerda. Como já não é mais possível classificar como de esquerda os partidos da base, que ainda assim se dizem, em que pese as posições hoje assumidas.
  • É à esquerda, pela esquerda, que construiremos o país e a sociedade que anelamos há tanto tempo. Não há outra saída. Boa parte da esquerda tradicional, como a camélia, caiu do galho, depois murchou, depois morreu.
  • Vamos então, mais uma vez, recomeçar."

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