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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Faltam asas para voar

Vasp e Transbrasil: mais companhias para por fim ao duopólio (foto: Portal Brasil Net/Aviação) 

De Curitiba

Quando se fala na infraestrutura necessária para o Brasil receber a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, enfatiza-se a preocupação com a capacidade dos nossos aeroportos, da nossa rede hoteleira, dos sistemas metropolitanos de transportes públicos.

Legítima preocupação, claro.

Especificamente no que se refere ao transporte aéreo há, porém, um ponto pouco abordado, mas tão problemático quanto as condições dos nossos terminais.

É o oligopólio, quase um duopólio, controlando as linhas aéreas que unem o país de norte a sul, de leste a oeste.

Estamos - a continuar assim, estaremos - reféns dos interessantes de apenas dois grandes grupos, o da Tam e o da Gol que, segundo informações regularmente veiculadas pela imprensa, dominam mais de três quartos do mercado.

É inadmissível que num de país das dimensões territoriais como o Brasil, onde cada vez mais mais pessoas utilizam o avião como meio de locomoção, o modal aeroviário ofereça ao público praticamente só duas opções de companhias para se viajar.

Ficamos a mercê das tarifas e das rotas - muitas vezes irracionais, como um "Inter 2 (o pessoal de Curitiba vai entender) de asas" - da Tam e da Gol. Sim, existe a Azul, a Trip, a Avianca, todavia restritas às principais ligações. Pra grande maioria das viagens, não tem muito como escapar da dupla Tam-Gol.
 
Tivéssemos um Estado mais presente, e essa farra acabaria, vetando-se fusões, abrindo-se licitações pra mais empresas privadas, propiciando-se a recuperação daquelas atualmente paralisadas, e até mesmo criando-se uma companhia pública.

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